Projeto de extensão | UFERSA

O PROJETO

Os estudos voltados à construção do território do Brasil continuam sendo um desafio constante no campo das Ciências Sociais Aplicadas, sobretudo quanto ao dimensionamento da história do urbanismo e da urbanização de nossas cidades. Nesse tempo, também temos nos deparado com outras epistemologias para pensar a formação de tessituras sociais e urbanas, sejam elas pautadas por relações socioambientais, constituídas por heranças culturais, ou mesmo engendradas a partir das ancestralidades que ecoam desse ambiente. Entre os estudos que despontam como instrumentos potentes que garantem o entendimento das partes e do todo do processo de formação do território dos sertões da região Nordeste brasileira, é possível destacar os estudos decoloniais, marcadores relevantes para refletir, em particular, os discursos que inventaram as paisagens dos sertões.

Os estudos decoloniais buscam desconstruir as narrativas hegemônicas que foram impostas durante séculos no processo de colonização do Brasil e que ainda estão presentes nas práticas e discursos da sociedade contemporânea. Tais narrativas legitimaram o processo de exploração e submissão dos povos e territórios colonizados, implicando em uma lógica de dominação e imposição de modelos culturais e socioespaciais relativos à construção de nossas cidades, levando em consideração a subtração de saberes e marcos na paisagem que, em certa medida, afirmou apagamentos significativos no ambiente.

No Nordeste brasileiro, portanto, as epistemologias decoloniais são pautas centrais para compreender a formação dos sertões e a produção das paisagens que os constituem. A partir da perspectiva de que os sertões não são uma região vazia e desabitada, morosa e rústica, mas sim construídos e habitados por diversas comunidades e povos, os estudos decoloniais nos ajudam a perceber as relações sociais e as práticas culturais que moldaram esses espaços ao longo do tempo.

Ademais, esses estudos permitem identificar as dinâmicas de poder que ainda operam no Nordeste e, muitas vezes, invisibilizam as populações e seus saberes. É possível perceber como em particular os processos de urbanização e as políticas públicas são atravessados por essas relações de poder e como as mesmas interferem na construção e invenção dessas paisagens.

A partir desses marcadores, surge o Projeto de Extensão Fim de Semana nos Sertões, uma ação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), organizada pelo pelo Grupo de Pesquisa Sertões-Amõaé (GPSA-UFERSA/Cnpq), que tem como objetivo discutir a construção e percepção das paisagem dos sertões no Brasil, considerando aspectos relativos à história, à formação da sua sociedade, às relações firmadas entre seus distintos grupos sociais, ao entendimento dos saberes, ao ambiente e, por fim, às múltipla práticas culturais que envolvem as tradições locais sertanejas e os choques e tensões gerados entra as ancestralidades e o tempo contemporâneo.

Diante de tais perspectivas, as narrativas e contra-narrativas que emergirão dos diálogos realizados nessa ação de extensão, cuja perspectiva possui um viés transnacional como matriz metodológica, aparecem como instrumentos significativos para entendermos a formação dos territórios dos sertões do Nordeste brasileiro (e do Nordeste em si), de forma mais abrangente e crítica, a fim de dar visibilidade às múltiplas relações que os constituem, contribuindo para a construção de um processo de urbanização mais justo e inclusivo.

Igualmente, o projeto busca fundamentar arcos analíticos e pontes reflexivas que pretendem explorar os sertões a partir de perspectiva interdisciplinar. Tal visão é uma garantia de reconhecimento da forma e do conteúdo que estruturam as paisagens. Importa frisar que essa proposta será reformulada conforme um conjunto de narrativas de distintos pesquisadores comprometidos em aprofundar os estudos dessa região brasileira (bem como de outras paisagens) à luz de um debate público que coloque por sua vez, em linha, estudantes, docentes e a sociedade interessada em temas que dizem diretamente respeito à apreensão sensível das paisagens dos sertões, a sua contribuição para a articulação morfológica dos territórios brasileiros alinhada à história social, história do urbanismo e da urbanização.

A ação estrutura-se por uma série de palestras ao longo do segundo semestre do ano de 2023. Contará com a participação de docentes e pesquisadores de instituições de ensino, assim como estudantes de pós-graduação. As sessões de Palestras do Projeto de Extensão Fim de Semana nos Sertões serão no formato remoto, transmitidas em tempo real pelo Canal do Youtube do Grupo de Pesquisa Paisagens Híbridas da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

OBJETIVO

A ação de extensão busca firmar arcos analíticos e pontes reflexivas que explorem os sertões a partir de uma perspectiva interdisciplinar.

A proposta busca garantir o reconhecimento da forma e do conteúdo que estruturaram e produziram relações de cooperação, tensão e embate na formação histórica das paisagens dos sertões.

Contribuir para o entendimento da construção desse território brasileiro em perspectiva histórica e decolonial.

Divulgar, mediante palestras e encontros remotos, recentes estudos de pesquisadores que enfoquem a construção e representação das paisagens do Brasil em perspectiva histórica e decolonial.

CRONOGRAMA

DIA/MÊSPalestrante
Maio
05 10:00h
(horário de Brasília)

14:00
(horário de Lisboa)
A planta das povoações da Amazônia

Renata Malcher de Araujo
Setembro
29 10:00hMulheres e imóveis urbanos em Vila Boa no oitocentos – por outras narrativas de história da cidade

Nádia Mendes de Moura
Outubro
0810:00h
Cidade acaba com o Sertão: acaba? – narrativas de um fim de mundo

Patrícia Fernanda
Novembro
2910:00hCuias, Cores e Amores: as lacas da Amazônia como práticas criativas de mulheres durante a invasão colonial

Renata Maria de Almeida Martins
Dezembro
2010:00hGuardar nos olhares a paisagem: acordos firmados entre as marés e os jardins de Afuá

Rubens de Andrade

INSCRIÇÕES

Período de Inscrições

19/09/2023 a 28/09/2023

Acesse: https://sigaa.ufersa.edu.br/sigaa/public/extensao/consulta_extensao.jsf

Ao acessar a página, pesquise por “palestras” na aba “Título da ação”, ali você encontrará todas as informações necessárias para a inscrição.

RESUMO DAS PALESTRAS

Palestra 1 | A planta das povoações da Amazônia | Renata Malcher de Araujo

A “planta das povoações da Amazônia” sobre a qual esta palestra se debruçará não é exatamente o seu desenho arquitetônico-urbanístico (embora também se vá falar dele). Mas é sobretudo a planta, o vegetal, que literalmente sustenta, desde há muito, as povoações da Amazônia, ou seja: a mandioca. O título evoca, e convoca como referência, o trabalho de Stefano Mancuso que chama a atenção para o papel fundamental desempenhado pelas plantas na construção e na história da vida no planeta, que não é suficientemente estudado, sobretudo tendo em conta a esmagadora proporção da sua presença na terra. A mandioca talvez seja um dos melhores exemplos para confirmar o argumento de Mancuso de que as plantas constituem a nervura, o mapa (ou planta) na base da qual está construído o mundo em que vivemos (MANCUSO, 2020, p. 10). No caso das povoações da Amazónia, esta afirmação pode ser tomada literalmente.

Mandioca. Albert Eckhout. Óleo sobre tela. 93,00 cm x 93,00 cm.

Palestra 2 | Mulheres e imóveis urbanos em Vila Boa no oitocentos – por outras narrativas de história da cidade | Nádia Mendes de Moura

Ao estudar as cidades do período colonial e imperial, as mulheres, em geral, aparecem como esposas, filhas e serviçais confinadas no espaço doméstico ou como livres e escravizadas circulando pelas ruas, desempenhando diversos tipos de serviços. Algumas fontes primárias, entretanto, desafiam essa imagem, revelando informações que sugerem outros arranjos sociais. A maioria das mulheres da antiga Vila Boa, assim como da Capitania/Província de Goiás, não se casava formalmente, o que lhes possibilitava manter seus bens sob seu domínio. Assim, as mulheres representavam um contingente significativo de proprietárias de imóveis cadastrados na Décima Urbana, imposto predial implantado a partir do início do século XIX. Esse documento é uma rica fonte para aqueles que se propõe a estudar a história da cidade, pois apresenta uma listagem de todos os imóveis com seus respectivos endereços e proprietários, entre outras informações. Nesta pesquisa, outras fontes documentais de época são mobilizadas, assim como os relatos dos viajantes europeus que por lá circularam e fizeram alguns registros sobre essas mulheres dos sertões de outrora. Apesar de presentes nos manuscritos históricos, as mulheres ainda são pouco abordadas enquanto ´atrizes´ sociais no âmbito urbano. Dessa forma, a pesquisa busca dar maior visibilidade a elas e assim delinear outras formas de narrar as cidades goianas do Oitocentos.

Palestra 3 | Cidade acaba com o Sertão: acaba? – narrativas de um fim de mundo | Patrícia Fernanda

Tomamos a pergunta lançada pelo narrador Riobaldo em Grande Sertão: Veredas, romance de João Guimarães Rosa, que intitula este projeto de tese, menos como profecia e mais como dispositivo para pensar linhas de argumentação nos múltiplos sentidos que o verbo acabar nos sugere. Perguntamos: a cidade acaba, no sentido de limitar, findar, terminar, quando o sertão começa? A cidade acaba, no sentido de dar acabamento, de dar forma, moldar, modelar, o sertão? Ou a cidade acaba, ao eliminar, exterminar, anular, com o mundo do sertão? Consideramos que o fim da cidade e o fim do sertão não são coisas distintas, mas o lugar onde duas condições diferentes se encontram, se reconhecem e configuram uma borda. Desde o centro, a cidade, enquanto ideia totalizante dos modos de ser e estar no mundo, configura um cerco para o sertão, propagando seus signos de modernidade e progresso, agregando sob um mesmo conceito tudo aquilo que se entende como “civilização”. Desde um fim de mundo, termo normalmente utilizado para fazer referência aos lugares considerados vazios, longínquos, atrasados, selvagens, fora da lei (MOURA, 2017, 2020), o sertão ora é romantizado, ora é estigmatizado pelos discursos hegemônicos colonialistas que excluem aquilo que parece não ter mais lugar nos fluxos de um pretenso progresso que indiferencia transformação e desenvolvimento (FREIRE, [1968], 2019). Desse imaginário, produzem-se narrativas que vinculam o sertão à ideia de atraso e, portanto, de barreira a ser transposta na maior velocidade possível. Refletindo sobre o cerco enquanto estratégia de avanço da cidade para o sertão, perguntamos: de que maneira a “ideia de cidade” e os processos de urbanização, com seus signos de modernidade e progresso, colonizam e interditam os modos de vida de um lugar-sertão? Pretendemos desdobrar a pergunta em duas linhas teóricas em fluxo, buscando compreender numa condição dialética: i) como as narrativas dadas como oficiais que estigmatizam o sertão como lugar do atraso colonizam e interditam os modos de vida de um lugar-sertão, e; ii) como o sertão absorve e/ou recusa à homogeneização do espaço e dos modos de existência impostos pela modernidade-colonialidade e se constrói enquanto lugar sertão. Nosso lugar-sertão compreende o território configurado por Jacobina do Piauí e Conceição do Canindé, pequenos municípios no estado do Piauí, no sertão da Caatinga, que tem o rio Canindé como tecelão de suas memórias e relações. Assumimos a narrativa e a experiência como artefatos políticos no trabalho (MIZOGUCHI, 2015), uma vez que entendemos, com elas, a possibilidade de enxergar aquilo que escapa aos discursos hegemônicos dos estudos urbanos, que não é dito – ou interdito – pela ideia totalizante de cidade na construção de um lugar-sertão. Operando as narrativas pela estratégia da cartografia, buscaremos compreender a significação das práticas, tempos e modos de (re)inventar aquele lugar e suas paisagens através da experiência das gentes que ali r-existem.

Palestra 4 | Cuias, Cores e Amores: as lacas da Amazônia como práticas criativas de mulheres durante a invasão colonial  | Renata Maria de Almeida Martins

 A proposta para o Encontro foi elaborada no intuito de apresentar meus mais recentes estudos acerca de duas coleções de cuias pintadas e decoradas, frutos da árvore da cuieira (Crescentia cuyete), em diálogo com algumas comunidades ribeirinhas detentoras de saberes presentes na fabricação destes e outros objetos sensíveis que fazem parte dos acervos do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e no Museu Maynense da Academia de Ciências de Lisboa; e são documentos da história e da memória dos povos da Amazônia. As cuias nos falam de práticas artísticas, criativas e de resistência de mulheres indígenas, mestiças e africanas, e de apropriações de plantas e tecnologias indígenas, como ainda, de uso de repertórios de bordados e tecidos dos quatro continentes, em conexões globais, onde as cuias envernizadas com o cumatê, extraído da casca da árvore conhecida como cumatezeiro ou axuazeiro (Myrcia atramentifera), foram comparadas pelos missionários, viajantes e exploradores com as melhores lacas asiáticas. Pretendo assim, através das cuias, desenvolver uma abordagem decolonial, sul-americana e afetiva ao patrimônio cultural da Amazônia. Se amas algo, guardas (Tomaso Montanari, Se amore guarda, Turim, 2023).

Palestra 5 | Guardar nos olhares a paisagem: acordos firmados entre as marés e os jardins de Afuá | Rubens de Andrade

PALESTRANTES

Barbara
Nádia Mendes de Moura | Arquiteta e urbanista (PUC-GO), Doutora em Arquitetura e Urbanismo (USP) e Mestra em Arquitetura e Urbanismo (UFBA), onde também se especializou em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos (CECRE). Tem experiência docente e profissional no campo da preservação do patrimônio cultural. Professora e pós-doutoranda na FAU UNB, com pesquisa relacionada às cidades coloniais goianas a partir de uma perspectiva de gênero.
Patricia Fernanda De Sousa Cruz | É Doutoranda (2021 – atual) e Mestre (2013) pelo Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PROPUR/UFRGS) e Graduada (2009) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tem experiência técnica na área de Planejamento Urbano e Regional, com atuação nos seguintes temas: planejamento e gestão urbana, políticas públicas urbanas, governança metropolitana, produção do espaço urbano e regional. Atualmente pesquisa na linha de Cidade, Cultura e Política do PROPUR, com vínculo ao Grupo de Pesquisa (CNPq) POIESE – Laboratório de Política e Estética Urbanas. Está desenvolvendo a tese intitulada “‘Cidade acaba com o sertão. Acaba?’: narrativas de um fim de mundo, lugar-sertão”, com interesse na relação cidade-sertão sob a ótica dos fenômenos de interdição e invasão cultural – desde os grandes centros urbanos – e de r-existência às forças civilizadoras e colonizadoras – desde os fins de mundo. É professora na Universidade de Caxias do Sul (UCS), do curso de Arquitetura e Urbanismo, desde 2015.
Renata Malcher de Araujo | Doutora em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa (UNL, 2001) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2005). Docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve e pesquisadora integrada ao Centro de Humanidades (CHAM), da Universidade Nova de Lisboa. Integrou o corpo docente do Programa de Doutoramento em Patrimônios de Influência Portuguesa do Instituto de Investigação Interdisciplinar e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, mantendo-se como colaboradora. Suas pesquisas assumem como objeto a história do urbanismo e da urbanização, com ênfase nos territórios ultramarinos portugueses, história da cartografia e patrimônio. Tem vários trabalhos publicados, entre os quais o livro “As cidades da Amazónia no século XVIII: Belém, Macapá e Mazagão (1998)”.
Renata Maria de Almeida Martins | Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU USP. Coordenadora do Projeto Jovem Pesquisador Fase 2 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, Barroco-Açu; e, juntamente com o Prof. Dr. Luciano Migliaccio, dos grupos de estudo Abya-Yala FAU, Ásia Global, e Amazônia na FAUUSP/FAUUSP na Amazônia (PUB-USP). Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal do Pará – UFPA, com estágio de pesquisa no Museu Paraense Emilio Goeldi – MPEG. Especialista em História e Memória da Arte pela Universidade da Amazônia – UNAMA. Doutora pela FAUUSP, com período sanduíche na Università degli Studi di Napoli L`Orientale/CNPq. Pós-Doutorado pela FAUUSP/FAPESP, com estágios de pesquisa na Scuola Normale Superiore di Pisa – SNS, Pontificia Università Gregoriana di Roma e Universidad Pablo de Olavide de Sevilla. Pós-Doutorado pelo IFCH-UNICAMP/PNPD-CAPES, com pesquisas no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo – MAE-USP. Foi coordenadora do Projeto Jovem Pesquisador FAPESP/FAUUSP, Barroco Cifrado
Rubens de Andrade | Professor Associado I da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente do Curso de História da Arte e Paisagismo da Escola de Belas Artes e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura – PROARQ-FAU-UFRJ. Paisagista graduado pela Escola de Belas Artes/UFRJ, Mestre em Arquitetura pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura – PROARQ-FAU-UFRJ. Doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo Programa de Pós-Graduação de Planejamento Urbano e Regional – IPPUR/UFRJ. Líder no CNPq do Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas – GPPH-EBA/UFRJ, Pesquisador dos Grupos de Pesquisa História do Paisagismo – EBA/UFRJ e PROLUGAR – FAU-UFRJ.

EQUIPE

Organizador
Esdras Arraes | Arquiteto e Urbanista Graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA). Mestre e Doutor em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP). Realizou estudos de Pós-doutorado em Filosofia (Área de Estética) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH USP). Entre 2019-2020, foi Pesquisador Visitante no Peter Szondi-Intitut da Universidade Livre de Berlim. Atualmente, integra o grupo de pesquisa Paisagens Híbridas – GPPH-EBA/UFRJ.
Colaboradoras
Anna Cristina Andrade Ferreira | Arquiteta e Urbanismo (UFPB); Mestra pelo PPGAU/UFPB e Doutora pelo PPGAU/UFRN. Foi bolsista do Programa de Especialização em Patrimônio do IPHAN/UNESCO. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento e Projetos em Áreas Históricas. Foi professora dos cursos de Arquitetura e Urbanismo do UNIPÊ e FPB, dos cursos de Engenharia da UNINASSAU e professora substituta do Departamento de Arquitetura da UFPB. É professora do curso Arquitetura e Urbanismo na UFERSA, onde coordena o Grupo de Pesquisa Cidade, História e Memória, e o Projeto de Pesquisa Memória do Sertão. Em 2020 lançou o livro organizado A cidade não para e a memória não perece: a preservação patrimonial e as transformações urbanas na contemporaneidade. Atualmente é aluna do Curso de Especialização em Gestão e Prática de Obras de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural do Centro de Estudos e Ensino Avançados da Conservação Integrada – CECI.
Isabelle Mendonça de Carvalho | Arquiteta e Urbanista (Universidade de Fortaleza, 2018), com período sanduíche na University of Limerick (2014-2015/CAPES). Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, na área de concentração História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo, onde realiza pesquisa e documentação sobre arquitetura de casas de fazenda de gado e algodão na região norte do Ceará.
Bolsistas
Cayo Ravel Rodrigues Alves | Sou Cayo Ravel, estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Nasci no estado do Ceará, mais precisamente na cidade de Morada Nova. Gosto de escutar música (de todos os tipos), flamenguista de coração e adoro praticar atividades físicas, como musculação e corridas ao ar livre. Uso meu tempo livre para leitura e também para ver animes, séries e filmes. Sou uma pessoa tímida em público e ao mesmo tempo que rir bastante. Gosto da área do urbanismo, sobretudo da relação entre a cidade e as pessoas. Faço parte do Grupo de Pesquisa Sertões-Amõaé (UFERSA/Cnpq) e iniciando minhas pesquisas sobre os Sertões e a decolonialidade sobre os estereótipos impostos pela sociedade em relação as paisagens dos sertões.
Lucas Gabriel Ferreira do Santos | Olá, me chamo Gabriel, um ariano que teve a sorte de ter nascido na terra do sol (Natal-RN). Adoro mpb e sou apaixonado por séries apocalípticas, a minha preferida é The 100. No que concerne à vida acadêmica, sou tido como não monogâmico pois tenho uma dubiedade de paixões, sou técnico em mecatrônica, formado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte e atualmente graduando do curso de bacharelado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Esse vínculo me possibilitou a integração no projeto de pesquisa Sertões-Amõaé, que estuda o conjunto arquitetônico/paisagístico dos sertões sob a perspectiva descolonial.
Maria Izabela Morais da Silva | Olá, meu nome é Maria Izabela Morais, tenho 21 anos e sou estudante de arquitetura e urbanismo na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Sou natural da zona rural de Aparecida-PB, passei maior parte da minha infância morando lá com meus avós. Posteriormente, me mudei para a cidade vizinha, Sousa-PB, e atualmente resido em Pau dos Ferros-RN, onde se localiza minha faculdade. Gosto de fazer musculação, maquiagem e maquilhar as pessoas, ver séries e filmes. Sou taurina e gosto de comer bastante (rs!). Fui contemplada como bolsista e precisei escolher um grupo de pesquisa. Pelo fato de gostar de história da arquitetura e do urbanismo, me chamou atenção no projeto de pesquisa Sertões-Amõaé. Estou pesquisando sobre a representação da mulher na cidade, paisagem e arquitetura dos sertões e confesso que está sendo uma ótima experiência, pois tenho certeza que irei colher bons frutos
Ana Lidja do Ó | Olá, tenho 23 anos e sou estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Sou natural do sertão, de Assu/RN, cidade conhecida por seus poetas. Na adolescência morei e estudei alguns meses em Refice/PE. Posteriormente, voltei para Assu e, atualmente, resido em Pau dos Ferros-RN, onde se localiza minha faculdade. Gosto muito de música, séries de época e principalmente de estar com minha familia. Sou aquariana daquelas bem teimosas. Sou bolsita acadêmica há dois semestres, e atualmente participo do grupo de pesquisa Sertões-Amõaé, em que estou iniciando e pesquisando sobre a paisagem cultural da industrialização no Sertão, com foco no Rio grande do Norte. Espero colher muitos frutos dessas pesquisas e experiências incríveis.

CRÉDITOS

Realização
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC)
Departamento de Ciências Sociais e Aplicadas (DCSAH)
Curso de Arquitetura e Urbanismo

Coordenação
Grupo de Pesquisa Sertões-Amõaé (UFERSA/Cnpq)

Projeto de Extensão
Fim de semana nos Sertões 

Organizador
Prof. Dr. Esdras Arraes

Colaboradoras
Profa. Dra. Anna Cristina Andrade Ferreira (UFERSA)
Isabelle Mendonça de Carvalho (Mestranda FAU-USP)

Bolsistas
Ana Lidja da Silva do Ó
Cayo Ravel Rodrigues Alves
Lucas Gabriel Ferreira dos Santos
Maria Izabela Morais da Silva

Parcerias/Apoios
Grupo de Pesquisa de Paisagens Híbridas | GPPH/EBA-PROARQ-FAU/UFRJ

Publicações Paisagens Híbridas