6ª Feira – FAT 727/827 – Domínios da paisagem (45h)
4º Trimestre: 19 de novembro de 2021 a 25 de Fevereiro de 2022
Sexta-feira | Horário: 14:00 – 17:30
Disciplina remota
Prof. Rubens Andrade
O CURSO
Tendo como recorte temático os estudos da Arquitetura da Paisagem, o curso percorrerá os fundamentos teóricos e conceituais para interpretar as relações-representações socioespaciais e suas implicações no tecido urbano. Para tanto, matrizes analíticas de múltiplos aspectos relativos ao ambiente construído serão formuladas no interesse de produzir diálogos que singularize e aproxime diferentes perspectivas teórico-conceituais do campo disciplinar da paisagem, especialmente aqueles pautadas no debate socioambiental, na produção de visualidades artísticas, como também, na fabricação de territórios paisagísticos.
Analisaremos as teorias da paisagem a partir de autores das Escolas francesa, americana e brasileira, alinhando a discussão a uma perspectiva histórica e transcultural, seja sob o ponto de vista do hibridismo cultural como também, pelo exame das espacialidades urbano-paisagísticas reveladas a partir de práticas socioespaciais. Uma especial atenção será dada à complexa teia de hibridismos culturais que se desvelam na construção da urbanidade das cidades seja do continente europeu como americano a partir do final do século XIX e estendido até os dias de hoje, quando o tecido urbano cada vez mais fabricam jogos de imagens, representações e usos que não consideram apenas o legado morfológico e tipológico existente na trama urbana, mas efetivamente, potencializam plurais arranjos urbano-paisagísticos em diferenciados níveis de apropriação pelos atores sociais que vivem na cidade.
O estudo da História da Cidade, a análise iconográfica, as leituras da História da Arte, serão os elos para as abordagens estabelecidas ao longo do curso. Nesse processo é mister perceber as camadas que constituem as paisagens urbanas em diferentes tempos históricos por meio de linguagens formais e simbólicas que desenham cidades, criam ambientes e definem culturalmente a ideia de lugar. Diante de tais objetivos, a disciplina desenha sua trajetória em análises que se abrem para interpretações transdisciplinares. Desse modo, a mesma percorrerá territórios de saberes distintos, mas simultaneamente, atravessará fronteiras disciplinares cujo intuito é estabelecer um pensar teórico amplo, condizente com a perspectiva contemporânea que busca analisar a história da sociedade, das cidades e de suas paisagens nos dias atuais.
JUSTIFICATIVA
A experiência estética da paisagem é uma experiência política, e explorar as partes que a compõem, suas características e suas relações, sua diversidade de formas, usos e sentidos, e procurar juízos que deem conta dos mecanismos de realização e desrealização é um percurso acidentado que pode nos remeter a uma (re)apropriação política da paisagem. Produto humano, fato da cultura, a paisagem traz impressa em tudo que a constitui as pautas, os rituais e os significados simbólicos da sociedade que a produziu – traz em si, portanto, forte componente ideológico, que pode ser analisado a partir de sua formulação, como também na apropriação pela sociedade. A partir de uma perspectiva que assume um caráter político e sociocultural, e fundamentado pelos rigores das teorias e conceitos do campo de estudo da arquitetura da paisagem, desenha-se o pano de fundo reflexivo que será o fio condutor, definido para discutir a dimensão e o papel dos estudos da paisagem como matriz conceitual que tem o vigor de interpretar as relações entre cultura e natureza no ambiente construído.
O recorte temático e o objeto da disciplina voltam-se para um campo discursivo fértil que revela desafios teóricos a serem superados a partir de uma compreensão crítica tanto das práticas socioespacias quanto das hibridizações culturais que resguardam os estudos da paisagem em seu campo ampliado, assim como os conceitos que definem as bases do estudo da arquitetura da paisagem stricto sensu. A escolha da arquitetura da paisagem como objeto da disciplina aponta para um conceito, mas também para um instrumental metodológico cuja contextualização crítica solicita o estabelecimento de critérios, quer sejam eles associativos ou comparativos, que articulem objetos, ações e questões, sob o prisma de domínios históricos, sociológicos, morfológicos e paisagísticos, nos quais os conceitos de cidade e campo, espaço e lugar, sociedade e natureza, arte e ambiente estabelecem-se como elementos essenciais para o entendimento do recorte temático da disciplina: os estudos da paisagem e de seus hibridismos culturais e conflito socioespaciais.
O ponto de partida da discussão e o recorte epistemológico propostos pela disciplina optam pelo campo disciplinar da Arquitetura e Urbanismo e seus atributos, alusivos à técnica, à arte e aos métodos de organização do espaço e da construção do lugar. Por um outro lado, a argumentação apoia-se no arcabouço teórico tributário aos estudos urbano-paisagísticos, que, em particular, firma-se nas últimas décadas como área de excelência disciplinar e de conhecimento.
Tais argumentações provenientes desses dois campos de saberes distintos e complementares transitarão pelos aportes teóricos relativos às ideias da invenção da paisagem e cultura paisagística pois seusfundamentos instauram uma compreensão dialética que confere o sentido e a possibilidade de diferentes interpretações urbano-paisagísticas como matriz conceitual e elemento problematizador que se auto-defina, e a arquitetura da paisagem como território teórico que o abriga e possibilita seu trânsito e expansão através do arco dos estudos contemporâneos. O confronto entre esses pensares pode revelar caminhos para a crítica de arranjos interpretativos a partir de padrões, símbolos e signos que se manifestam nas práticas socioespaciais e na morfologia do tecido urbano afinal, ambos se revelam através da história da paisagem, e, propriamente, na materialidade dos ambientes construídos.
O efeito que se quer gerar com tal movimento não é a subversão ingênua ou a banalização de conceitos, levando o contraditório ao seu limite – este não é o argumento estruturante da questão. A ideia é justamente o oposto, ao sinalizar, entre outras coisas, (i) a rejeição de um aparelhamento sistêmico que reproduz conceitos; (ii) a consequente desnaturalização teórica de conceitos aplicados até a sua exaustão, e, por fim; (iii) a crítica à mecanização de práticas analíticas da paisagem (auto-referenciadas) que carregam o estandarte de uma opaca rotina metodológica que em tese, reescreve ideários, repete jargões, valida dogmas e, por isso, institui outros, e assim congela um debate que, por natureza, está sob o signo da anamorfose e pulsa através da reivindicação feita pelas forças produtivas avant garde. O que está em pauta é o interesse de aprofundar o estudo de hibridismos culturais e práticas socioespaciais, mediante a reflexão teórica e a elaboração de um escopo conceitual que acolha a discussão de matérias pertinentes ao recorte temático e ao objeto definido da pesquisa: os domínios da paisagem.
CRONOGRAMA DE SESSÕES DE AULA
Sessão de Aula | Dia | Recortes Temáticos |
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19NOV | a) Apresentação da disciplina B) Metodologia de Abordagens c) Conteúdo programático D) Proposta de trabalho final |
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26NOV | Epistemologia dos estudos da paisagem I: arcabouços teóricos e enclaves metodológicos | |
BESSE, J. Marc. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: UERJ. 2014. [As cinco portas do conhecimento – ensaio de uma cartografia das problemáticas paisagísticas contemporâneas, p. 33-61]. LUCHIARI, Maria Thereza Duarte Paes. A (re)significação da paisagem no período contemporâneo In: ROSENDAHL, Zeny; CORRÊA, Roberto Lobato. Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: UERJ, 2001, (p. 9 -28). Texto complementar COSGROVE, Denis E. Introduction to social formation and symbolic landscape In: DELUE, Rachael Ziady; ELKINS, James. Landscape Theory. New York: Routledge, 2008. (p. 17-42). |
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03DEZ | Epistemologia dos estudos da paisagem II: histórias de lugares e a construção de cotidianos | |
THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Cia de Bolso, 2010. [O dilema humano, p. 343-428]. SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Cia das Letras, 2009. [Arcadia redesenhada, p. 513-573]. Texto complementar SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2009. [O lugar do cotidiano, p. 313-330]. |
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10DEZ | Epistemologia dos estudos da paisagem III: quadrantes do mundo natural: pensar os recursos naturais, a ordem ecológica e a crônica sobre a poésis do jardim. | |
DIEGUES, Antonio Carlos Sant'Ana. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: HUCITEC, 1996.[O surgimento do movimento para a criação de áreas naturais protegidas nos estados unidos e suas bases ideológica, p. 23-34; Da crítica à exportação do modelo de parques nacionais norte-americanos , p. 35-38; Escolas atuais de pensamento ecológico e a questão das áreas protegidas, p. 39-52; Escolas atuais de pensamento ecológico e a questão das áreas protegidas , p. 53-62; As representações do mundo natural, o espaço público, o espaço dos "comunitários" e o saber tradicional, p. 63-74]. CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000. [Um jardim tão perfeito, p. 17-32; As formas de uma gênese, p. 33-42]. Texto complementar WOLF, Virgínia. Brevidade da vida. Belo Horizonte: Autêntica, 2017. [Kew Gardens, p. 99-122]. |
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17DEZ | Epistemologia dos estudos da paisagem IV: o mal estar na cidade e os signos da finitude humana | |
DAVIS, Mike. Cidades mortas. São Paulo: Record, 2007. [Las Vegas x natureza, p. 106-129]. TUAN, Yi-Fu. Paisagens do medo. São Paulo: Unesp, 2005. [Medo da natureza humana: fantasmas, p. 179-208]. Texto complementar HAN, Byung-Chul. Capitalismo e impulso de morte: ensaios e entrevistas. Petrópolis: Vozes, 2021. [Capitalismo e impulso de morte, p. 7-30]. |
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07JAN | Epistemologia dos estudos da Paisagem V: testemunhos da paisagem vivenciada | |
PRELEÇÃO Profa. Dra. Aline Zim Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas | GPPH-EBA/UFRJ |
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14JAN | SEMINÁRIO I | Paisagem e hibridismos culturais I: ordem política-ambiental e seus reflexos na cidade e no campo Coletivo Domitila Gomes Almenteiro | Mariana Frota Agum | Vanessa Sartori Rodi |
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GUATTARI, Felix. As três ecologias. São Paulo: Papirus, 2012. GUDYNAS, Eduardo. Direitos da natureza - ética biocêntrica e políticas ambientais. Sâo Paulo: Elefante, 2019. [Meio ambiente, direitos e transformações políticas, p. 71-90; Desafios de uma nova ética ambiental, p. 295-318]. |
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21JAN | SEMINÁRIO II | Paisagem e hibridismos culturais II: estratégias e interações corpo-cidade Coletivo Clarice Freitas Teófilo | Candida Zigoni Landeiro | Lucas Yudi Moriya Sampaio | |
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WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010. [O poder da invenção, p. 75-122; A invenção do eu, p. 123-164]. TORRES, Ana Clara. A dança do sentidos: na busca de alguns gestos. In: BRITTO, Fabiana Dultra, JACQUES, Paola Beresntein. Corpocidade: debates, ações e articulações. Salvador: UFBA, 2010. |
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28JAN | SEMINÁRIO III | Paisagem e hibridismos culturais III: resgatando histórias, produzindo lugares Coletivo Amanda Ribeiro Carneiro | Dagmar Dias Cerqueira | Gleison José Mendes de Junior |
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JEUDY, Henri-Pierre. Espelho das cidades. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005. [Cidade, constelação de imagens, p. 84-105. ALMEIDA, Marco Antonio de Almeida. Os centros das metrópoles: reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI. São Paulo: 2001. [CARDOSO, Ruth.Identidades e convivência: o centro como ponto de encontro (p. 35-43); LERNER, Jaime. Equilíbrio no poder local: construindo hoje a cidade do amanhã (p. 44-55)]. |
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4FEV | SEMINÁRIO IV | Práticas socioespacias: Paisagem-jardins – arcádias contemporâneas I Coletivo Daniel Athias | Lorena Maia Resende | Mylenna Linares Merlo |
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ALDRETE-HAAS, Jose Antônio. La nueva arcádia. México: Textofilia, 2018. (p. 15-58). MOSTAFIV, Mohsen. Por que urbanismo ecológico? Por que agora? In: MOSTAFIV, Mohsen; DOHERTY, Gareth. Urbanismo ecológico. Barcelona: Gustavo Gilli, 2014. (p. 12-53). |
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11FEV | SEMINÁRIO V | Práticas socioespacias: Paisagem-jardins – arcádias contemporâneas II Coletivo: Aline Ourique Toledo | Francianny Moraes | Leticia Aguilera Larrosa da Rocha |
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DONADIEU, Pierre. La sociedade paisajista. La Plata: Eudulp, 2006. [La fascinacion de la cidade, p. 112-127]. DAVID, JOSHUA; HAMMOND, Robert. High Line: a história do parque suspenso de Nova York. São Paulo: Bei, 2013. (p. 53-112). |
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18FEV | SEMINÁRIO VI | Práticas socioespacias: Paisagem-ciborgue – conceitos à deriva e em expansão Coletivo Beatriz Cruz Amback | Rafael Ferreira De Souza |
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FELICE, Mássimo di. Paisagens pós-urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar. São Paulo: Annablume: 2009. [As formas eletrônicas do habitar, p. 149-160]. SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cibercultura da midias à cibercultura. Sâo Paulo: Paulus, 2003. [cultura midiá tica, p. 51-60; Uma visão heterotópica das mídias digitais, p. 61-76]. |
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25FEV | Discussão das Monografias | |
REFERÊNCIAS
BESSE, Jean-Marc. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: Eduerj, 2014.
BURKE, Peter. Testemunha Ocular: história e imagem. São Paulo: Edusc, 2004.
CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
COLLOT, Michel. Filosofia da paisagem. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2013.
DAVIS, Mike. Cidades mortas. Record, 2007.
DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: HUCITEC, 1996.
DONADIEU, Pierre. La sociedade paisajista. La Plata: Eudulp, 2006.
FELICE, Mássimo di. Paisagens pós-urbanas: o fim da experiência urbana e as formas comunicativas do habitar. São Paulo: Annablume: 2009.
GUATTARI, Felix. As três ecologias. São Paulo: Papirus, 2012.
GUDYNAS, Eduardo. Direitos da natureza:ética biocêntrica e políticas ambientais. Sâo Paulo: Elefante, 2019
HAAS, José Antônio Aldrete. La nueva Arcádia. Ciudade do México: Textofilia, 2018.
HAN, Byung-Chul. Hiperculturalidade: cultura e globalização. Petrópolis: Vozes, 2019
______. Capitalismo e impulso de morte: ensaios e entrevistas. Petrópolis: Vozes, 2021.
MOSTAFAVI, Mohsen; DOHERTY, Gareth. Urbanismo ecológico. São Paulo: Gustave Gilli, 2014.
SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cibercultura da midias à cibercultura. Sâo Paulo: Paulus, 2003.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2009.
SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Cia das Letras, 2009.
TERRA, Carlos; ANDRADE, Rubens. Paisagens culturais: contrastes Sul-Americanos. Rio de Janeiro: EBA Publicações, 2008.
THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Cia de Bolso, 2010.
TUAN, Yi-Fi. Paisagens do medo. São Paulo: Unesp, 2005.
WAGNER, Roy. A invenção da cultura. Cosac Naify, 2010.
WOOLF, Virgínia. A arte da brevidade. São Paulo: Autêntica, 2017.
Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente da Escola de Belas Artes (História da Arte e Paisagismo) e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura – ProArq/UFRJ, Paisagista (EBA/UFRJ), Mestre em Arquitetura (ProArq –FAU/UFRJ) e Doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo (Programa de Pós-Graduação de Planejamento Urbano e Regional-IPPUR/UFRJ). Líder no CNPq do Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas – GPPH-EBA/UFRJ.
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