Morte, arte fúnebre e patrimônio | Rio de Janeiro | 16 E 17.OUT.2019

Não sabemos onde a morte nos aguarda, esperemo-la em toda parte.
Meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade;
quem aprendeu a morrer, desaprendeu de servir,
nenhum mal atingirá quem na existência compreendeu
que a privação da vida não é um mal; saber morrer

nos exime de toda sujeição e constrangimento.
Montaigne

O SEMINÁRIO

A segunda edição do Seminário Morte, Arte Fúnebre e Patrimônio: interlocuções, lugares e documentos post mortem pretende alinhar argumentos que estruturam as reflexões gerais em torno da natureza e limites do conhecimento humano no que diz respeito à morte, aos ritos, às práticas culturais dos cuidados dados aos mortos, à certificação do cadáver como documento e às paisagens constituídas com base nos fatos que definem o universo físico e metafísico no âmbito da finitude humana.

O  objetivo da segunda edição do Seminário é aprofundar os debates da primeira edição realizada em Pelotas,  Rio Grande do Sul, em 2018 e, prioritariamente, colocar em perspectiva as técnicas, os métodos, a arte e os mecanismos culturais que produzem sentido sobre a morte que, ao longo do tempo e em diferentes culturas, pode – ou não – ser entendido e apresentado como incógnito. Os dogmas e as práticas religiosas, enquanto elementos culturais, contribuem para a conformação de formas artísticas variadas – entre elas, a literatura – que evocam determinados sentidos para o pós-morte.  Desse modo, a produção de visões narrativas, não apenas escritas, sobre o além nos interessa para pensar a morte, o morrer e as variáveis vinculadas à finitude humana, que continuam a produzir versões e representatividades no ambiente construído.

Na contemporaneidade, o arco de processos nos quais a os dilemas da morte se insere são amplos. Por um lado, incluem-se os  territórios do medo, a disseminação do terror e a intensidade da dor da perda e do sofrimento; por outro, a existência do prazer em “ver morrer”, em compartilhar imagens da morte, em assumir, por deleite, a condição de espectador do fim da vida. Paralelamente, os vestígios das ações humanas que podem ser identificados nos restos mortais, nomeiam o cadáver como documento norteador de debates investigativos protagonizados por profissionais da Medicina e do Direito. Nosso entendimento é que as dimensões empíricas e conceituais forjadas a partir da investigação científicas ou, assinaladas por interpretações dentro do plano secular e religioso, ajudaram a humanidade a construir fundamentos para se pensar o círculo de acontecimentos que define o fim da vida e o post mortem.

Diversas paisagens materializadas no cotidiano urbano remetem à morte e ao morrer. Destacam-se a atmosfera lúgubre da arquitetura cemiterial, a arte fúnebre dos sepulcros, as lápides e os cultos in memorian no dia de finados. Porém, o horizonte subjetivo da morte vem à cena também nas manifestações artísticas e culturais – artes visuais, literatura e cinema –, impondo diferentes formas para interpretação do fim da vida e, paradoxalmente, celebrar a memória e existência dos que se foram. Essa arte pode ainda projetar no imaginário coletivo as reminiscências fúnebres de tragédias, guerras e personagens. Pode também fazer reviver as perdas e dores enfrentadas por determinadas sociedades que, acionadas no presente, elaboram novas memórias e tributos aos mortos, remanejam narrativas de um passado sensível, permitindo a visibilidade de traumas, a reparação histórica e a configuração de novos trabalhos de luto.

O ser humano, sabedor de sua finitude, elabora elos entre a realidade baseada nas leis da Física e suas visões oníricas pautadas em mundos transcendentes. Desse encontro emergem evidências materiais e fenomenológicas que habitam o lugar do além túmulo. Em ambos os processos contidos na esfera do sobrenatural, hábitos religiosos, tradições culturais de diferentes sociedades, materialidades cunhadas pelo virtuosismo das artes visuais e da arquitetura, sem ignorar a potência narrativa centrada na literatura e cinematografia revelam-se elementos essenciais para interpretar nossas condutas diante do fim da vida.

E quanto ao corpo morto? Como confrontar as dimensões existenciais de sua extinção enquanto pessoa e as implicações da dissolução da matéria orgânica do cadáver? Quais as instância para o exame do espólio e do legado simbólico acumulado em vida?  O fato é que o corpo morto grosso modo gera na sociedade um reviver, exponencialmente relativo à existência do defunto, seja imediatamente após seu óbito ou posteriormente, em função dos sentimentos e zonas de afeto estabelecidas em vida. O dito objeto, corpo morto, apesar de presente, nos é misterioso e sobrenatural, pois lida com o imponderável que ocorre após sua passagem. A condição do que possa haver após o porvir testifica entre outras coisas assombro, desconforto e insegurança, não apenas relacionada ao destino do finado como também o nosso próprio desígnio post-mortem. Diante disso, o se desfazer da materialidade orgânica do defunto, o enfrentamento da dor do luto e o lidar com as suas memórias apontam para uma complexa cadeia de sentimentos a serem vividas que, necessariamente, não são facilmente superadas por aqueles que continuam a jornada da vida.

Há, também, um ponto de inflexão adicional no processo de aceitação da morte: a condição cadavérica e o local onde a mesma se abriga. Os elementos que conectam a palpabilidade do mundo dos vivos à incognoscibilidade do mundo dos mortos, e que confirmam e configuram a fronteira entre o conforto do pulsar dos corações e a imponderabilidade do fenecimento são o(a) morto(a) e os espaços necrológicos e necrográficos; o corpo que se decompõe e os lugares em que as atividades que ali ocorrem têm a morte como principal requisito arquitetônico e a assumem como o principal agente das compreensões, ideias, decisões e ações que ocupam a geometria construída. Temos, portanto, uma instigante dicotomia a ser ponderada: aquela que trata das inconsistências entre post mortem e seu elemento tangível, ou seja, o corpo morto. O defunto é o elemento que conecta a vida à morte; é a pessoa e ao mesmo tempo não é. Assim, pois, é possível que se estabeleça uma matriz conceitual de debates que forneça subsídios para responder questionamentos que tratem de temas como o aniquilamento da pessoa e a decomposição do corpo – saúde pública, rechaço, luto, certeza de óbito, inexorabilidade do destino humano – e, ainda o pensar sobre o cadáver como prova documental das causas do falecimento (causa mortis).

A comunidade acadêmica representados por docentes, pesquisadores, pós-graduandos, graduandos e  profissionais de áreas afins ao recorte  temático do seminário, estão convidadas para o debate e compartilhamento de suas pesquisas através do envio de Comunicações

Guilherme Figueiredo
Rubens de Andrade
Mauro Dillmann

MATRIZES DISCURSIVAS

A segunda edição do seminário será constituída de mesas-redondas, painéis de debates e acolherá trabalhos que discutam, questionem e coloquem em perspectivas:

As práticas históricas do urbanismo sanitarista e as ciências médicas com as quais podemos examinar a construção da paisagem cemiterial e de ambientes onde a morte e o morrer se manifestam. Os complexos arquitetônicos voltados aos cuidados da saúde – hospitais, asilos, hospícios e manicômios – considerados essenciais para interpretar como  os moribundos, os que sofrem de distúrbios mentais e doenças contagiosas em idade avançada são sistematicamente privados e subtraídos do fluxo cotidiano da  vida social. No caso particular de complexos hospitalares, ganha relevância nessa reflexão, práticas profissionais, processos e ambientes que tratam do cadáver como necrotérios, os Institutos Médico Legal  e suas extensões como casas funerárias e crematórios.

A contribuição dos estudos da medicina forense, criminalística e criminologia que são um vetor primordial para entender o impacto da morte no cotidiano urbano e as suas representações na esfera da mídias impressa, televisiva e da internet.  

O universo fantástico e sobrenatural pautado pelas tradições culturais e lendas urbanas é uma outra matriz temática do evento. Tal recorte coloca em questão a literatura fantástica e a cinematografia de terror, que se utilizam de cenários urbanos e domésticos simbólicos. Tais ambientações ganham representatividade em edificações abandonadas com seus quartos e sótãos escuros; nos circos de aberrações e seus freakshows; em museus de cera; festas macabras; entre outras múltiplas manifestações, onde a morte e tudo que a ela está vinculado produzem nos espaços de compartilhamento, de vivências e configuram paisagens fúnebres.

CHAMADA DE TRABALHOS

Serão aceitas propostas de comunicação relativas aos eixos temáticos do evento, devendo os proponentes enviar pelo site do  grupo o seu artigo. Os artigos devem ser enviados e atender as seguintes orientações:

Envio de trabalhos inéditos e completos de acordo com a formatação do arquivo que está definido no TEMPLATE disponibilizado, que deverá ser adotado, sob pena de não aceitação do artigo, mesmo tendo o conteúdo sido aprovado pelo Comitê Científico.

Os trabalhos devem ter no máximo 03 (três) autores;

Os textos das comunicações serão submetidos a revisão por pares cegos;

A aceitação final da comunicação depende dos seguintes critérios: (i) estar inscrito a um dos eixos temáticos do seminário, (ii) recomendação dos pareceristas e (iii) efetivação pelo(s) autores(es) dos ajustes propostos pela Comissão Científica do evento;

Comunicação de  Graduandos serão aceitas mediante a co-autoria de um Orientador;

A inscrição do(a) comunicador(a) e a inserção do seu trabalho na programação final do Seminário somente será efetivada após o pagamento pelo Pag seguro da inscrição do autor. No caso de  trabalhos com até três autores, pelo menos um deles precisa  estar inscrito no evento. Os demais autores, caso tenham o interesse de participar do evento, deverão fazer sua inscrição como ouvintes/assistentes;

Só será aceito  um trabalho por autor.

Os artigos aprovados e que constarem na programação do Seminário, se indicados pela Comissão Científica, serão publicados a partir de janeiro de 2020 na Revista Eletrônica Paisagens Híbridas (https://revistas.ufrj.br/index.php/ph), periódico vinculado ao Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas da Escola de Belas Artes/UFRJ.

Línguas do trabalhos enviados pra comunicação: Português e Espanhol.

EIXOS TEMÁTICOS

Eixo Temático I:  Paisagem e patrimônio sob o signo da finitude humana

Eixo Temático II:  Literatura, cinema e cibercultura: narrativas da morte, do morrer e do além túmulo

Eixo Temático III: O cadáver como documento jurídico e os lugares que o abrigam

CRONOGRAMA DO ENVIO DE COMUNICAÇÕES/INSCRIÇÕES

Submissão de propostas de comunicação: Até 01 de Setembro de 2019.
Notificação de aceitação da Comunicação: Até 20 de Setembro de 2019.
Data limite para inscrição e pagamento da taxa: até 25 de setembro de 2019
Divulgação do programa: 30 de setembro 2019
Inscrição para ouvintes/assistência: até 10 de outubro de 2019 (Vagas limitadas).

INSCRIÇÕES E ENVIO DE TRABALHOS

PROFISSIONAIS | PÓS-GRADUANDOS | GRADUANDOS 
Inscrições Até 05 de Setembro de 2019

PAGAMENTO | R$ 120,00

Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro!

ENVIO DE COMUNICAÇÕES






    OUVINTES E ASSISTENTES | INSCRIÇÕES | Até 17 de outubro de 2019

    Pesquisadores e Profissionais: R$ 60,00

    Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro!

    Pós-Graduandos – Docentes da Rede Pública: R$ 30,00

    Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro!

    Graduandos | R$ 15,00

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    PROGRAMAÇÃO

    DIA IQuarta-feira, 16
    Horário
    10:00|10:15Abertura do Seminário Morte, Arte Fúnebre e Patrimônio: interlocuções, lugares e documentos post mortem

    Prof. Rubens de Andrade | Escola de Belas Artes-EBA/UFRJ
    Prof. Mauro Dillmann | Programa de Pós-Graduação em História - UFPEL
    Prof. Guilherme Figueiredo | Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU-UFF
    10:15|12:45C O M U N I C A Ç Õ E S
    10:15|10:35[...], ENTRE PARÊNTESIS: corpos não reclamados e o conflito entre o Código Civil e a Lei n° 8.501/92

    Bruno Rodrigues Leite | Mestre em Direito Processual, Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG, Diamantina-MG
    11:35|10:55Testamentos, inventários e funerais: rituais fúnebres no Rio de Janeiro oitocentista

    Ana Lucia Vieira dos Santos | Arquiteta Urbanista e Doutora, Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU/UFF
    Vitória Abreu Simões | Graduanda em Arquitetura e Urbanismo, Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU/UFF
    10:55|11:15Trago na memória os esplendores daquele túmulo e o sorriso daquela mulher divina! A narrativa de santidade de Maria Pequena em Passo Fundo (década de 1950)

    Gizele Zanotto | Doutora em História, Programa de Pós-graduação em História - PPGH/UPF
    Djiovan Carvalho | Mestrando em História, Programa de Pós-graduação em História - PPGH/UPF,
    Alex Vanin | Mestrando em História, Programa de Pós-graduação em História PPGH/UPF
    11:15|11:35Práticas cemiteriais entre evangélico-luteranos em Canguçu, Rio Grande do Sul: entre permanências, transformações e inovações

    Renato Rodrigues Farofa | Mestre em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia, Pastor da Paróquia Evangélica Luterana São João de Canguçu-RS
    11:35|11:55A monstruosidade e a problemática da morte em Frankenstein

    Julia Guimarães | Graduanda de História da Arte - Escola de Belas Artes, EBA/UFRJ
    Matheus Dal Bem | Graduando de História da Arte - Escola de Belas Artes, EBA/UFRJ
    12:15|12:45Mediação e Debate | João Pedro Marques Sêco Dias Carmona
    12:45|13:40I N T E R V A L O
    14:00|16:00Mesa-Redonda: Paisagem e patrimônio sob o signo da finitude humana
    14:00|14:40Profa. Claudia Rodrigues| UNIRIO

    Cemitério de São João Batista: cenário de "uma solenidade sem precedentes” nos funerais de Tavares Bastos, em 1876
    14:40|15:20Prof. Carlos Murdoch | UVA

    Pela hora da morte: fascinação, turismo e necrolatria
    15:20|16:00Prof. Geraldo Mártires Coelho | UFPa

    A cultura da belém da belle époque e a estética da morte de Carlos Gomes
    16:00|16:20Mediação e Debate | Prof. Rubens de Andrade | EBA/UFRJ - GPPH-EBA/UFRJ
    16:20|16:40 I N T E R V A L O
    16:40|18:00PAINEL DE DEBATES I | Necropolítica, arte e os lugares fúnebres na contemporaneidade
    Bruno Oliveira | INCA HC-IV

    Os sentidos do viver e do morrer: espiritualidade e finitude
    Profa. Erika Pallottino | PUC-RIO

    Protocolos do luto e a contemporaneidade: o silêncio, o mal estar e o julgo dos rituais
    Prof. Aldones Nino | UGR, PPGAV, GPPH-EBA/UFRJ

    Ausência, luto e necropolíticas: narrativas sobre morte na Arte Contemporânea
    Prof. Alexandre Marques Cabral | UERJ

    Teologia da mortalidade humana: variações sobre a sacralidade da finitude
    Profa. Monah Winograd | PUC-RIO

    O homem sem resto e a resistência ambivalente do dejeto: necropolítica e pulsão de morte
    Mediação e Debate | Prof. Mauro Dillmann | LEH -UFPEL
    Dia IIQuinta-feira | 17
    M A N H Ã
    10:00|12:30C O M U N I C A Ç Õ E S
    10:00|10:20As Rosas Negras do Cemitério de Pretos Novos de Santa Rita: sinais
    de um patrimônio invisível


    João Carlos Nara Jr | Arquiteto e Urbanista, Historiador, Mestre em Arqueologia (MN/UFRJ) e Doutor em História Comparada (PPGHC/UFRJ)
    10:20|10:40Espaço do luto e do júbilo: A proposta de um “Parque no Caju”: espaços livres públicos em domínio territorial do complexo de cemitérios do bairro do Caju

    Natalia Carreiro Manolio | Arquiteta Urbanista - FAU/UFRJ
    10:40|11:00A morte vem como o fim: o sambaqui do São Bento

    Raphael David dos Santos Filho| Arquiteto Urbanisto e Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU/UFRJ.
    Domynique da Silva Santos | Geógrafa - IGEO/UFRJ
    11:00|11:20Pesquisas sobre a casa dos mortos em Niterói/RJ: o Cemitério do Maruí como objeto de estudo da arquitetura

    Guilherme A. de Figueiredo | Arquiteto e Urbanista, Doutor e Mestre em Arquitetura -PROARQ-FAU/UFRJ, Professor Adjunto, EAU/UFF
    Juliana Dias O. dos Santo | Graduanda de Arquitetura e Urbanismo - Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU/UFF, Bolsista PIBIC, Faperj.
    Juliana da S. de Medeiros | Graduando de Arquitetura e Urbanismo - Faculdade de Arquitetura e urbanismo - EAU-UFF, Bolsista PIBIC
    11:20|11:40Quando a morte nos olha: o cotidiano dos espaços urbanos e os signos da morte

    Igor Dias | Arquiteto Urbanista e Mestrando em Arquitetura, Programa de Pós-graduação em Arquitetura - PROARQ-FAU/UFRJ.
    11:40|12:30Mediação e Debate | Christiane Chagas Martins | PPGG-UERJ
    12:30|13:40I N T E R V A L O
    T A R D E
    14:00|16:30MESA-REDONDA II | Literatura, cinema e cibercultura: narrativas da morte, do morrer e do além túmulo
    14:00|14:30Prof. Douglas Attila | UFMG

    O historiador e o confronto com a morte: notas a partir de um filme
    14:30|15:00Prof. Fabiano Dalla Bona | UFRJ

    Visões poéticas da morte na obra de Gabriele D'Annunzio
    15:00|15:30Prof. Daniel Azevedo

    Aproximações entre a morte e a velhice sob a ótica do cinema contemporâneo
    15:30|16:00Mediação e Debate| Profa. Jackeline de Macedo | GPPH-EBA/UFRJ
    16:30|16:40I N T E R V A L O
    16:40|18:30PAINEL II | O cadáver como documento jurídico e os lugares que o abrigam
    17:10|17:35Claude Chambriard

    O corpo como testemunha
    17:35|18:00Marina Sevilha

    A morte como instrumento de valorização da vida
    18:00|18:25Ivaldo Gonçalves de Lima| UFF

    O nome insepulto: contestando a micro-paisagem pós-justiça
    18:25|18:40Mediação e debate | Prof. Guilherme Figueiredo | EAU - UFF
    19:00E N C E R R A M E N T O
    Prof. Rubens de Andrade | Escola de Belas Artes-EBA/UFRJ
    Prof. Mauro Dillmann | Programa de Pós-Graduação em História - UFPEL
    Prof. Guilherme Figueiredo | Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU-UFF

    DATAS E LOCAIS

    Quarta e quinta-feira, 16 e 17 de Outubro de 2019.
    Centro Cultural de Ciência e Tecnologia da UFRJ| Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Rua Lauro Müller, 3 – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ.

    DOCENTES E PESQUISADORES

    ALDONES NINO | Doutorando em Historia y Arte pela Escuela Internacional de Posgrado de la Universidad de Granada em cotutela com o Programa de Pós Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (PPHPBC) pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Bacharel em História da Arte pela Escola de Belas Artes - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu, USJT-São Paulo.
    ALEXANDRE MARQUES CABRAL | Filósofo, Teólogo (Escola Superior de Teologi - EST e Universidade Santa Úrsula), Mestre em Filosofia (UFRJ), Doutor em Filosofia (UERJ). Docente do Departamento de Filosofia da UERJ.
    BRUNO OLIVEIRA | Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora, bacharel em Teologia - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e Instituto Metodista Bennett, Licenciado em Filosofia - Universidade Cândido Mendes, Capelão Titular do INCA HC-IV (Unidade de Cuidados Paliativos), Membro da diretoria da Academia Nacional de Cuidados Paliativos do Estado do RJ (ANCP/RJL. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Prática, Espiritualidade e Saúde. 
    CLAUDIA RODRIGUES | Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense/UFF. Profa. Adjunta do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO. Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq/UNIRIO “Imagens da Morte: a morte e o morrer no mundo Iberoamericano” e editora da “Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer”.
    CARLOS MURDOCH | Arquiteto e urbanista (UFRJ), mestre em sustentabilidade (PROARQ- UFRJ). Coordenador do Curso de Arquitetura da UVA, Professor convidado de MBAs da FGV (gestão) e UFRJ (economia). Estuda e defende a sustentabilidade urbana desde 1998 através de palestras (TED Talks – ONU Rio+), exposições e artigos. Sócio do escritório Murdoch & Sodré Arquitetos com foco em concepção e gestão de projetos de diversas escalas sempre com o foco educacional e sustentável.
    CLAUDE CHAMBRIARD | Médico, Docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Ortopedia e Traumatologia. Especialista em Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia da Mãoo, Microcirurgia, Tumores ósseos, Médico do trabalho. Advogado, Pós-Graduação em Direito Penal e Processual Penal. Perito legista da PCER e Coordenador do GAAT
    CHRISTIANE CHAGAS MARTINS | Arqueóloga, Mestranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia/UERJ.
    DANIEL AZEVEDO| Médico especialista em Geriatria, Mestre em Saúde Coletiva pelo IESC/UFRJ, Membro da Câmara Técnica de Geriatria do Conselho Federal de Medicina e Coordenador do curso de extensão Tanatologia - Estudos sobre a Morte da PUC-RJ.
    DOUGLAS ATTILA| Historiador. Professor de Teoria da História/Historiografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre e Doutor em História pelo PPGH/UFRJ. Pesquisas no campo de estudos:memória, ritos e ritualizações da história, principalmente no que se refere à relação entre o culto dos mortos e a escrita da história. Coordenador do grupo Ritualizações do poder e do tempo: historiografia, ritos de recordação e práticas cívica, integrante do grupo Imagens da morte: a morte e o morrer no mundo Ibero-Americano, coordenado pela Prof. Dra. Claudia Rodrigues (UNIRIO).
    ERIKA PALLOTTINO | Psicóloga clínica, Sócia fundadora do Instituto Entrelaços; Coordenadora do Ambulatório de Intervenções e Suporte ao Luto; Coordenadora da Pós-Graduação em Psico-oncologia e do curso de extensão em Tanatologia, ambos pela PUC-Rio; Professora do Instituto Paliar; Certificada no Level 2 em Complicated Grief pela Columbia University School of Social Work – NY; Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Rio; Especialista em Psicologia Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da UERJ e Especialista em Psicologia Oncológica pelo INCA.
    FABIANO DALLA BONA | Professor de Língua e Literatura Italiana da Faculdade de Letras da UFRJ, atua no Programa de Pós-graduação em Letras Neolatinas da UFRJ e no Programa de Pós-graduação em Língua, Literatura e Cultura Italianas da USP. Coordenador da integração de Pós-graduação do Centro de Letras e Artes da UFRJ e Presidente da Associação Brasileira de Professores de Italiano (ABPI).
    GERALDO MÁRTIRES COELHO | Historiador (UFPa), Doutor em História Cultural e das Mentalidades. Universidade Nova de Lisboa. Estágio de Pós-Doutorado na Universidade Nova de Lisboa, Mestre em História do Brasil. Universidade Federal Fluminense.
    GUILHERME FIGUEIREDO | Arquiteto e Urbanista; Professor Adjunto do Departamento de Arquitetura da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense; Doutor e Mestre em Ciências em Arquitetura pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura – Proarq-FAU/UFRJ.
    IVALDO GONÇALVES DE LIMA | Geografo e Mestre em Geografia (UFRJ), Doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense. Geografia Política, atuando na investigação científica dos seguintes temas: redes políticas, justiça territorial, globalização do mundo contemporâneo, políticas públicas e governança territorial, geografia legal crítica, geografia política e gênero.
    JACKELINE DE MACEDO | Arqueóloga pela Universidade Estácio de Sá, Mestre em Arquitetura na área de Preservação do Patrimônio pelo PROARQ/FAU/UFRJ e Doutora em Arqueologia pelo MAE/USP. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa de História do Paisagismo da EBA/UFRJ. Professora colaboradora no Mestrado Profissional em Projeto e Patrimônio – PROARQ/FAU/UFRJ.
    JOÃO PEDRO MARQUES SÊCO DIAS CARMONA | Arquiteto Urbanista - Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Doutor em Urbanismo - Programa de Pós-Graduação em Urbanismo PROURB-FAU/UFRJ, Mestre em Arquitetura - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura - PROARQ-FAU/UFRJ.
    MAURO DILLMANN | Historiador - UFPEL, Doutor em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS/RS, Mestre em História, UNISINOS/RS. Professor Adjunto no Departamento de História da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, no Programa de Pós-Graduação em História da UFPEL e no Programa de Pós-Graduação em História – Mestrado Profissional – da Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
    MARINA SEVILHA | Médica com especialização em cuidados paliativos medicina da dor. Coordenadora do serviço de cuidados paliativos do Américas Medical City. Coordenadora da Pós-Graduação em Cuidados Paliativos do Americas
    MONAH WINOGRAD | Psicanalista, Professora Associada do Programa de Pós-Greaduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio, Coordenadora do Laboratório de Estudos Avançados em Psicanálise e Subjetividade (LAPSU), Vice-decana de Pós-graduação e Pesquisa do CTCH da PUC-Rio.
    RUBENS DE ANDRADE | Paisagista (EBA-UFRJ), Professor Adjunto da Escola de Belas Artes-EBA-UFRJ (Curso de História da Arte/Paisagismo), Doutor em Planejamento Urbano e Regional(IPPUR-UFRJ), Mestre em Arquitetura (PROARQ-FAU/UFRJ), Líder do Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas (GPPH-EBA-UFRJ) e Pesquisador vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROARQ-FAU/UFRJ).

    COMITÊ CIENTÍFICO

    Prof. Dr. Antônio Lobo | Museu Paraense  Emílio Goeldi - MPEG
    Profa. Dra. Ana Pessoa | Fundação Casa de Rui Barbosa
    Prof. Dr. Carlos Terra | EBA/UFRJ
    Profa. Dra. Claudia Oliveira | EBA/UFRJ
    Profa. Dra. Eliane Cristina Deckmann Fleck | UNISINOS
    Profa. Dra. Eloisa Araújo | EAU-UFF
    Prof. Dr. Fábio Vergara Cerqueira | UFPEL
    Profa. Dra. Gizele Zanotto | UPF
    Profa. Dra. Helena Lúcia Zagury Tourinho | Universidade da Amazônia - UNAMA
    Prof. Dr. Jefferson Rodrigues de Oliveira | UERJ/NEPEC
    Prof. Dr. Jofre Silva| EBA/UFRJ
    Prof. Dr. Luciano Muniz de Abreu | FAU-UFRRJ
    Profa. Dra. Mara Regina do Nascimento | UFU
    Profa. Dra. Marta García Carbonero | ETSAM-UPM
    Prof. Dr. Marcus Pereira de Magalhães | Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG
    Profa. Dra. Rosana de Freitas Pereira | EBA/UFRJ
    Profa. Dra. Verônica Damasceno | EBA/UFRJ

    CRÉDITOS

    Realização
    Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas | Escola de Belas Artes/UFRJ
    Grupo de Estudos de Arquitetura Cemiterial | Escola de Arquitetura e Urbanismo | EAU/UFF
    Laboratório de Ensino de História | LEH– Universidade Federal de Pelotas

    Coordenação
    Prof. Rubens de Andrade | EBA-UFRJ -Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas - GPPH-EBA/UFRJ
    Prof. Guilherme Figueiredo | Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU-UFF
    Prof. Mauro Dillmann | Programa de Pós-Graduação em História - UFPEL

    Comitê Organizador
    Prof. Aldones Nino | GPPH-EBA/UFRJ
    Prof. Guilherme Figueiredo | EAU- UFF
    Profa. Jackeline de Macedo | EAU- UFF
    Prof. Mauro Dillmann | PPGH/UFPEL
    Prof. Rubens de Andrade | EBA/UFRJ

    Apoio:
    Juliana Dias | EAU- UFF (Bolsita FAPERJ)
    Juliana Medeiros | EAU- UFF (Voluntária)

    Dilvulgação | morteartepatrimonio@gmail.com

    Apoios e parcerias

    Escola de Belas Artes | EBA/UFRJ
    Escola de Arquitetura e Urbanismo | EAU/UFF
    Programa de Pós-Graduação em História | PPGH/UFPEL
    Grupo de Pesquisa História do Paisagismo
    Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Ciência do Estado do Rio de Janeiro | FAPERJ
    Grupo de Pesquisa Sistema de Espaços Livres - SEL-RJ

    Publicações Paisagens Híbridas