OS DISCURSOS RELATIVOS aos cuidados com o corpo e com a alma estiveram interligados em Portugal no período moderno, chegando ao século IX.
Curar o corpo e salvar a alma eram preocupações de religiosos, políticos e benfeitores pautados pelos valores cristãos-católicos, que conjugavam assistência, socorros médicos e atendimento hospitalar, com orações, comunhões e confissões, praticadas em instituições religiosas, médicas e de caridade.
A assistência aos doentes em Misericórdias, os atendimentos às diversas instâncias de “pobreza”, os auxílios às mulheres enfermas nos recolhimentos e conventos, as práticas de caridade pública e privada, o atendimento às necessidades da velhice, a proteção social, de saúde e higiene a crianças, órfãos e desvalidos, foram alguns exemplos destas práticas que conjugavam atenção ao corporal e ao espiritual por diversos agentes.
As propostas de cuidados do corpo eram efeitos tanto dos avanços científicos que promoviam novos entendimentos sobre a manutenção da saúde, quanto das instituições que visavam a assistir caritativamente enfermos, enjeitados, insanos, delinquentes, pobres desassistidos, entre outros.
Por outro lado, os entendimentos sociais acerca dos cuidados espirituais advinham das preocupações e inquietações com a boa morte, dada a incerteza que esta causava, e da necessidade de encaminhamento da alma para obtenção da glória eterna. Desse modo, corpo enfermo e alma pecadora faziam parte da mesma unidade que devia ser regenerada e salva.
Considerando tais aspectos do recorte temático em questão, o Instituto de Ciências Humanas, através do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, promove o encontro com pesquisadoras de Universidades de Portugal para abordar o assunto.
Mauro Dillmann (UFPEL)
10 | Outubro | Sessão de Palestras |
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19:00|19:15 | Abertura | Prof. Dr. Mauro Dillmann | PPGH/UFPEL | GPPH-EBA/UFRJ. |
19:15 | 19:45 | Profa. Dra. Maria Marta Lobo de Araújo | Universidade do Minho As doenças nos hospitais militares minhotos, no dealbar de oitocentos |
19:45 | 20:15 | Profa. Dra. Maria Antónia Lopes | Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Agonia, funeral e luto em Portugal do século XIX |
20:15 | 20:45 | Profa. Dra. Alexandra Esteves.| Universidade Católica Portuguesa de Braga Os "brasileiros" e a assistência à saúde. O caso do Alto Minho de Oitocentos |
20:45 | 21:15 | Porfa. Dra. Maria de Fátima Reis| Universidade de Lisboa As irmandades de negros em Portugal na Modernidade: resistência e integração social |
21:15 | 21:30 | Mediação e Debate | Prof. Dr. Mauro Dillmann. | PPGH/UFPEL | GPPH-EBA/UFRJ |
21:30 | 21:45 | Encerramento |
Dia 10 de outubro de 2018, às 19h00,
SALA 352 Instituto de Ciências Humanas -Universidade Federal de Pelotas | ICH-UFPEL | Rua Alberto Rosa, 154 – Pelotas.
Alexandra Esteves | Professora Dra. da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa de Braga. Pesquisadora. Pesquisadora em História Moderna e Contemporânea. Autora de artigos e livros, entre os quais Crimes e Criminosos no Norte de Portugal. O alto Minho oitocentista (2015) e Travel, Assistance, Pilgrims & Trvelers (XVI-XX Centuries) (2018). | |
Maria Antónia Lopes | Professora Dra. Associada do Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Pesquisadora em História Moderna e Contemporânea. Autora de inúmeros artigos e livros, dentre os quais, Protecção Social em Portugal na Idade Moderna (2ª ed. 2015) e Portugal e Piemonte. A Casa Real e os Sabóias. Nove séculos de relações dinásticas e destinos políticos (sécs. XII-XX) (2013). | |
Maria Marta Lobo de Araújo | Professora Dra. Associada do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Portugal. Pesquisadora em História Social e História religiosa portuguesa do período moderno. Autora de inúmeros artigos e livros, dentre os quais, Mecanismos de Assistência em Portugal e no Brasil. Contributos para um debate – séculos XVII-XIX (2017) e Oração, Penitência e Trabalho. O Recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834) (2017). | |
Maria de Fátima Reis | Professora Dra. no Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Pesquisadora em História Moderna. Autora de diversos artigos e livros, dentre os quais Rumos e Escrita da História. Estudos em Homenagem a A. A. Marques de Almeida (2007) e Santarém no tempo de D. João V (2006). | |
Organizador | |
Prof. Dr. Mauro Dillmann | Historiador - UFPEL, Doutor em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS/RS, Mestre em História, UNISINOS/RS. Professor Adjunto no Departamento de História da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, no Programa de Pós-Graduação em História da UFPEL e no Programa de Pós-Graduação em História – Mestrado Profissional – da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. |
Realização
Universidade Federal de Pelotas
Instituto de Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em História PPGH-UFPEL
Organização
Prof. Dr. Mauro Dillmann
Apoio | Parceiros
Núcleo de Documentação Histórica da Universidade Federal de Pelotas
Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas | GPPH-EBA/UFRJ
Professor Associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente da Escola de Belas Artes (História da Arte e Paisagismo) e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura – ProArq/UFRJ, Paisagista (EBA/UFRJ), Mestre em Arquitetura (ProArq –FAU/UFRJ) e Doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo (Programa de Pós-Graduação de Planejamento Urbano e Regional-IPPUR/UFRJ). Líder no CNPq do Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas – GPPH-EBA/UFRJ.
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