Paisagens Hibridas 2014
Coordenação
Rubens de Andrade |Professor Adjunto I/Coordenador do Curso de História da Arte|EBA/UFRJ

07/05
29/05
Estética Kayapó: fabricação do corpo e política ritual
Prof. Dr. Thiago Oliveira
Antropólogo, Vice-coordenador de pesquisa do Laboratório de Antropologia da Arte, Ritual e Memória, pós-doutorando no PPGAS-MN.
Curtas-metragem | A palestra será antecedida pela exibição dos filmes “Nossa pintura” (Dir: Fábio Nascimento, Thiago Oliveira. 24 min. PA, Brasil. 2014) e “Os Kayapó vão à cidade” (Dir: Fábio Nascimento, Thiago Oliveira. 24 min . PA, Brasil . 2014): A pintura que fabrica a cultura. Os índios Mebêngôkre-Kayapó, do sul do Pará, desvendam o universo cotidiano desta fabricação, aprendida em tempos mitológicos e transmitida de geração em geração.
A quimera abstrata na arte ameríndia: uma técnica do olhar perspectivista
Profa. Dra. Els Lagrou
Professora do PPGSA - IFCS - UFRJ, Coordenadora do projeto "Construindo culturas, documentando tradições" (PRODOCULT) em convênio com o Museu do Índio (RJ).
Quem descobre o outro também descobre, sob algum aspecto (ou sob muitos), a si mesmo. Este é o movimento em curso a partir da série de palestras Ameríndias: arte e cosmologia em direção ao pensamento produzido no âmbito da arte e da antropologia. Esta série, promovida pela linha de pesquisa Domínios da paisagem: imagem e ideologia, coordenada pelo Prof. Aldemar Norek, pesquisador do Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas (EBA/UFRJ), pretende contribuir com a discussão relacionada à cultura dos povos ancestrais considerando as interfaces existentes entre o campo teórico e o metodológico das artes e da antropologia, no intuito de ampliar o debate acadêmico e assim potencializar zonas de aproximação entre estudantes e pesquisadores das duas áreas, tendo como ponto de partida a discussão inscrita nos curso de história da Arte da Escola de Belas Artes.

A proposta para a Série de Palestras Ameríndias: arte e cosmologia nasceu do problema que se constituiu pela necessidade de apresentar a produção inscrita sob o termo arte das populações indígenas das terras baixas da América do Sul, num primeiro momento no âmbito da disciplina Arte no Brasil I por três períodos na Escola de Belas Artes -  EBA | UFRJ. Em 2015, nos limites da disciplina Tópicos Especiais do Curso de História da Arte (EBA-UFRJ): Estética e cosmologia Ameríndia, eis-nos novamente defronte ao problema de investigar, no pensamento ameríndio, os termos em que tal produção é elaborada, e como sua decorrência, o modo como é produzida (que podemos chamar de cosmopráticas) - sem cair na armadilha de buscar decorrências diretas e pretensamente verídicas da cultura dos nativos, nem na de querer projetar sobre aquela produção material as categorias longamente formadas (e em permanente embate) de nossa cultura.
Parceiros
Série de Palestras | Ameríndias: arte e cosmologia
Linha de Pesquisa: Domínios da paisagem, imagem e ideologia

O verdadeiro problema nos pareceu ser o de determinar quais as relações possíveis, e empreender, do mesmo modo, narrativas possíveis a partir das práticas de descrição que já fossem nossas (para que não soassem falsas), construindo modos de nos relacionarmos com o outro. Na busca de um horizonte de possibilidades, emergiu este nosso Outro (falando de dentro da Escola de Belas Artes, como estamos), que é a Antropologia, apresentando-se como um campo que tem desenvolvido estudos muito significativos sobre a relação entre a arte e a cosmologia naquelas populações. Ela (a Antropologia) nos fez evitar o caminho fantasioso de sacar das algibeiras do pensamento alguma intuição intelectual sobre outras formas de vida “em seus próprios termos”, o que nos levaria a um caminho talvez mais deslocado do que o mero formalismo, porque - nas palavras de Eduardo Viveiros de Castro - não existem termos próprios, apenas outros termos. Os termos deles, dos índios, só se determinam como termos em relação aos nossos termos, e reciprocamente. Determinar quer dizer colocar termos. Toda determinação é relação.” Assim, a série de palestras que trazemos a público persegue a possibilidade de, em diálogo com a Antropologia, desenvolvermos um pensamento sobre a “arte ameríndia” no contexto da Escola de Belas Artes.
Cosmologia e perspectivismo ameríndio
Prof. Dr. Eduardo Viveiros de Castro
(Antropólogo, Professor Doutor do Museu Nacional-UFRJ)
 
Organizador

Prof. Aldemar Norek

Comissão Organizadora

Aldemar Norek
(Arquiteto Urbanista, Doutorando de Arquitetura | Programa de  Pós-Graduação em Arquitetura - PROARQ/ FAU-UFRJ)

Aldones Nino
(Filósofo, Graduando de História da Arte | EBA/UFRJ)

Mariana  Martins

(Graduanda de História da Arte | EBA/UFRJ)

Rubens de Andrade
(EBA/UFRJ)
Serão conferidos certificados de participação

Informações:
paisagenshibridas@gmail.com