Arte e natureza | Curso História da Arte EBA/UFRJ

Código: BAH234 | Carga Horária Semanal: 3h | Carga Horária Semestral 45h (03 teóricas) | Créditos: 3
Quarta-feira:  07:00 às 10:00 – Sala H201 – Faculdade de Letras – UFRJ

Prof. Dr. Rubens de Andrade

 

 

 

EMENTA

Estudo das relações existentes entre arte e natureza tomando por fundamento conceitos e teorias do campo epistemológico da paisagem. Análise dos diálogos entre arte e  paisagem na contemporaneidade, nos planos ideológico e prático que definem as instâncias investigativas da disciplina.

OBJETIVOS

Refletir sobre conceitos e teorias que tratam dos estudos das artes visuais a partir das suas manifestações na paisagem sob a perspectiva transhistórica e territorial; Analisar as interseções existentes entre o campo das artes visuais e da paisagem considerando a priori a produção da cultura material e imaterial que se manifesta no ambiente construído. Apresentar e examinar obras de arte e artistas que têm a paisagem como fundamento essencial.

 

 

PROGRAMA DO CURSO

Parte I

  1. Arte, natureza cultura: fundamentos e campos discursivos.
  2. O culto ao “natural”, a arte da paisagem e o transcurso do tempo.

Parte II

  1. A natureza espacialmente organizada e suas representações pictóricas entre os séculos XV e XVI.
  2. As Villas Italianas: os jardins sob o signo da arte renascentista.
  3. Jardim das Quimeras: fantasia e mitologia na composição de “paisagens maneiristas”.

Parte III

  1. Geometria, monumentalidade e simetria – instrumentos de composição da paisagem do século XVII.
  2. Versailles, Schöbrunn e Het loo: arte e a natureza como ícones do poder real.
  3. A Inglaterra e o modelo romântico de jardim: entre o retorno aos padrões clássicos e influências orientalizantes
  4. Morfologia e tipologia do jardim paisagístico inglês.

Parte IV

  1. O urbano e a paisagem no século XIX: a rua, o higienienismo, o flanêr e os  jardins públicos.
  2. A formação, usos e difusão do modelo de jarins e parques públicos europeus e americanos.
  3. A pintura de paisagem oitocentista – Escolas e  movimentos: Barbizon, Pré-Rafaelitas e Impressionistas.
  4. Hudson River School – os valores simbólicos da pintura de paisagem norte-americano

Parte V

  1. Os movimentos de vanguarda da pintura e escultura integrados à paisagem e ao ambiente.
  2. (Re)dimensionamento dos conceitos de natureza e paisagem na metrópole contemporânea: correntes ideológicas, formatos e representações
  3. Land Art, Ecoarte, bioarte: as relações entre natureza e arte na cidade contemporânea.

PROGRAMA DE LEITURAS

Parte I
CORRÊA, Roberto Lobato. Paisagem: algumas reflexões sobre a natureza econexões In: ALVES, Ida; LEMOS, Masé, NEGREIROS, Carmem (Org). Estudos de Paisagens: literatura, viagens e turismo cultural.  Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2013. (p. 309-330).
BESSE, J. Marc. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: UERJ. 2014. (p. 33-61).
COLLOT, Michel. Poética e filosofia da paisagem.Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2013. (Paisagem-pensamento, p. 11-47).

Parte II
CLARK, K.  Arte e paisagem. Lisboa:  Ulisséia, 1968. (p. 19 -57).
WÖLFFLIN, H. Renascença e barroco. São Paulo: Perspectiva, 1968. [Villas e jardins, p. 151-170].
HOCKE, G. R.  Maneirismo – o mundo como um labirinto. São Paulo: Perspectiva, 1957. [A “floresta Sagrada” de Bomarzo; os  monstros; o sono da razão, p. 139 -149).
ECO, Umberto. História das terras e lugares lendários. São Paulo: Record, 2013. [O paraíso terrestre, as ilhas afortunadas e o Eldorado, p. 145-182].

Parte III
BESSE, J. Marc. Ver a Terra: seis ensaios sobre paisagem e a geografia.  São Paulo: Perspectiva. 2014. [Nas dobras do mundo. Paisagem e filosofia segundo Péguy, p. 97-108).
HOLBACH, Barão. A natureza. São Paulo: Martins Fontes, 2001. [Da natureza, p. 31-42; Do movimento e sua origem, p. 43-62].
JONES, Stepan. A arte do século XVIII. São Paulo: Circulo do livro, 19–. (p. 56-73)
NORBERT, Elias. A peregrinação de Watteau à ilha do amor. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

Parte IV
DOURADO. Guilherme Mazza.  Belle époque dos  jardins no Brasil. São Paulo: Senac, 2011. [Movimento de paisagistas franceses, p. 27-60).
Favero, Franciele. O romantismo e a estetização da natureza http://www.ceart.udesc.br/dapesquisa/files/9/02VISUAIS_Franciele_Favero.pdf.
SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Cia das Letras, 2009 [A arcádia redesenhada, p. 555-573).

Parte V
CAILLOIS, R. Jardins possíveis. In: LEENHART, J. Nos jardins de Burle Marx. São Paulo: Perspectiva, 1996 (p. 1-26).
CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo Martins Fontes, 2010. [Um jardim tão perfeito, p. 17-43).
LEVY, José Alberto. A bioarte In: International Journal of Biosafety and Biosecurity,IJBB Vol. 1, N.o. 01/11/2010. http://www.ekac.org/bioarte_levy.pdf Acesso. 29.ago.2016.
STRAMBI, Marta Luiza. Bioarte e experiências da resistência In: 19º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas “Entre Territórios”. http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/cpa/marta_luiza_strambi.pdf

REFERÊNCIAS

BESSE, Jean-Marc. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: UERJ. 2014.
_______. Ver a Terra: seis ensaios sobre paisagem e a geografia.  São Paulo: Perspectiva. 2014.
LEENHART, J. Nos jardins de Burle Marx. São Paulo: Perspectiva, 1996.
CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo Martins Fontes, 2010.
CLARK, Kenneth.  Arte e paisagem. Lisboa: Ulisséia, 1968.
COLLOT, Michel. Poética e filosofia da paisagem. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2013.
ALVES, Ida; LEMOS, Masé, NEGREIROS, Carmem (Org). Estudos de Paisagens: literatura, viagens e turismo cultural.  Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2013.
DOURADO. Guilherme Mazza.  Belle époque dos  jardins no Brasil. São Paulo: Senac, 2011.
ECO, Umberto. História das terras e lugares lendários. São Paulo: Record, 2013.
Favero, Franciele. O romantismo e a estetização da natureza http://www.ceart.udesc.br/dapesquisa/files/9/02VISUAIS_Franciele_Favero.pdf.
HOCKE, G. R.  Maneirismo – o mundo como um labirinto. São Paulo: Perspectiva, 1957.
HOLBACH, Barão. A natureza. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
JONES, Stepan. A arte do século XVIII. São Paulo: Circulo do livro, 19–.
LEVY, José Alberto. A bioarte In: International Journal of Biosafety and Biosecurity,IJBB Vol. 1, N.o. 01/11/2010. http://www.ekac.org/bioarte_levy.pdf Acesso. 29.ago.2016.
NORBERT, Elias. A peregrinação de Watteau à ilha do amor. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Cia das Letras, 2009.
STRAMBI, Marta Luiza. Bioarte e experiências da resistência In: 19º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas “Entre Territórios. http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/cpa/marta_luiza_strambi.pdf
WÖLFFLIN, H. Renascença e barroco. São Paulo: Perspectiva, 1968.

Email: ebartenatureza@gmail.com

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